Tenho o prazer de apresentar pra você, um projeto muito lindo e fofo, criado por uma avó e uma neta. Vou dividí-lo por história, para não ficar tão cansativo e também para que possam apreciar aos poucos. Segue a explicação do projeto e a primeira história!
Por Vovó Lili (Avó Eliana Palma) e Isadora Palma
Este trabalho surgiu de um hábito muito gostoso de uma avó e sua neta: contar histórias.
No princípio a menina só ouvia, de olhos arregalados, vibrando com cada parte da aventura. Depois, ela queria contar as partes das historinhas conhecidas, junto com a avó.
Criaram a Histórias a Duas Vozes. Isto rendia boas gargalhadas quando uma ou a outra errava a sequência correta do conto. Com o passar do tempo a menina se cansou da atividade. Queria novas estórias! E começava um ritual na hora de dormir: abraçava a avó, rezavam de mãos dadas, e ela escolhia os personagens da aventura da noite:
_ Vovó, hoje eu quero uma histórinha com flor, gatinho e arroz!
E lá ia a avó inventar o texto encomendado.
Até os quatro anos isto bastava, mas chegando aos cinco, a neta não se contentou mais em apenas ouvir. Queria participar e ajudar a contar a nova história.
Foi assim que surgiram as Histórias à Duas Cabeças!
Mãos dadas, personagens escolhidos, tem início a brincadeira: uma começa a contar e, ao levantar da mão da garota, a outra continua daquele ponto.
Para saber quem inventou cada parte, foram escolhidas as cores favoritas de cada uma: o texto em azul foi feito pela avó Eliana (vovó Lili) e a parte rosa foi criada pela neta Isadora, também responsável pelas ilustrações.
Bem vindos ao mundo mágico da imaginação de nossas duas cabeças!
Isadora e Eliana
A Formiguinha que queria ser Miss
Era uma vez um formigueiro onde viviam muitas, muitas formigas.
E lá morava uma formiguinha muito triste porque ela queria ser miss.
Ela saía escondida do formigueiro para participar dos concursos de
todos os insetos:
Ela desfilou com as joaninhas, as lagartas, as borboletas, as aranhas, e só perdia!
As joaninhas diziam que ela não tinha cor.
As lagartas diziam que era muito pernuda.
As borboletas riam porque ela não tinha asas,
As aranhas reclamavam que era muito magra.
A cada concurso perdido, ela voltava mais infeliz.
Um dia, a mamãe formiga perguntou a ela:
_ O que está acontecendo com você, minha filhinha? Você não ri mais!
Ela não queria responder, mas a mãe a abraçou com tanto carinho
que ela disse aos soluços:
_ É que eu queria ser miss, mas todo mundo me acha feia. Buááááááááááá
_ Mas quem disse isso? Perguntou a mamãe.
_ A joaninha e a aranha e a borboleta e a...
_ Espere um pouco, filhinha. Me diga: alguma FORMIGA disse que você é feia?
_ Não, nenhuma formiga. Só os outros insetos.
_ Sabe por que? Porque você é uma linda formiga, mas é formiga! Você deve procurar sempre ser a melhor, mas no seu mundo e não ficar com inveja da vida dos outros.
_ Mas eu ainda quero ser miss...
_ Filhinha, a beleza do corpo não significa muita coisa. Procure ser miss no espírito e você será muito mais feliz.
_ O que você disse, mamãe? Como assim?
_ Estude bastante, seja amiga dos amigos, boa com o próximo, trabalhadora e ordeira.
_ Só isso?
_ Ajude no formigueiro, cante e sorria. Você vai ver como vai se sentir melhor.
_ Vou ficar feliz como se eu fosse miss?
_ Muito mais. Experimente!
E a formiguinha tentou.
E quanto mais fazia, mais feliz ficava. Agora vive rodeada de amigos que a amam, compreendem e que a acham linda.
E agora ela nem pensa mais em ser miss e canta sempre:
_ Eu pensava que só iria ser feliz
se fosse miss, se fosse miss!
Mas agora aprendi
que é o bem que nos faz bem
e eu sou feliz, feliz,
felizzzzzzzzzzzzzz!
Tem alguma história pra contar? Escreva pra mim! nandabecker@gmail.com
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